16 bares, restaurantes e lanchonetes do Centro Histórico darão a seus clientes, nesta quinta-feira, dia 13, o pãozinho de Santo Antônio. São eles: Axego, Boteco do Viajante, Cantina da Lua, Marrom Marfim e Tropicalia Gelato e Caffé, no Pelourinho; Cafeteria Nossa Senhora do Bom Café, Casa de Farinha, Fera Restaurante, Panificadora Santo Antônio, Poró, Varanda da Isa e Zanzibar, no Santo Antônio Além do Carmo; Bistrô 9, Feijoada da Ju e Restaurante São Miguel, no Mercado de São Miguel, na Baixa dos Sapateiros; e Bistrô Negreiros, no Largo da Saúde.
A tradição da distribuição de pães de Santo Antônio após à missa surgiu a partir da prática do próprio santo padroeiro que alimentava os pobres e os doentes com os pães do convento onde morava e estes, por sua vez, alegavam ficar curados ao comê-los. Assim, surgiu a tradição de abençoar os pãezinhos durante as missas de Santo Antônio e distribuí-los ao povo. Conta-se também, que certa vez o santo havia dado os pães do convento aos pobres e na hora de servir aos confrades não tinham pães suficientes, foram a Santo Antônio que disse para verificarem novamente o cesto, e tamanha foi a surpresa dos confrades, que o cesto antes vazio, agora de maneira milagrosa, transbordava de pães.
Reza de Santo Antônio – Além disso, no Bistrô Negreiros, no Largo da Saúde, a família Negreiros vai celebrar a sua Reza de Santo Antônio, uma prática que os conecta com o passado e com seus antepassados. “Tudo começou com meus avós, Flaviana e Filadelfo. Eles se casaram em uma pequena cidade do interior, onde a fé e as tradições eram parte fundamental do dia a dia”, conta Carlos Henrique Negreiros. “Todos os anos, de 01 a 13 de junho, a casa deles se transformava em um ponto de encontro para a comunidade. As noites eram marcadas pela reza de Santo Antônio, em busca de bênçãos e, claro, de bons casamentos. Minha avó costumava contar que conheceu meu avô durante uma dessas rezas. Dizem que ela tinha feito uma simpatia com o santo, pedindo para encontrar um bom marido. E não é que funcionou? Filadelfo apareceu na vida dela, e desde então, eles nunca mais se separaram. Eles acreditavam que Santo Antônio havia abençoado a união deles.
Continuação da Tradição – Os pais de Carlos Henrique, Zuleica e Henrique, seguiram os passos do avós dele. “Cresci ouvindo as histórias das noites de junho, repletas de oração, fé e esperança. Lembro-me de como minha mãe preparava a casa, sempre com muito carinho, para receber amigos e vizinhos. As velas acesas, o altar dedicado a Santo Antônio e a mesa farta de quitutes – tudo contribuía para criar uma atmosfera mágica”, relata ele, cheio de saudade. “Uma história marcante é a da minha própria mãe, que também fez sua simpatia. Ela colocava uma imagem de Santo Antônio de cabeça para baixo e pedia ao santo para que lhe enviasse um bom marido. E assim conheceu meu pai, em uma dessas reuniões. Eles sempre acreditaram que sua união foi abençoada por Santo Antônio.
Mantendo a Tradição Viva no Bistrô – Hoje, no Bistrô Negreiros a tradição é mantida. “Durante esses dias de junho, nos reunimos para rezar e celebrar a memória dos nossos antepassados. É um momento de reflexão, fé e, claro, de compartilhar histórias e sorrisos. Espero que essa história dos meus avós e pais inspire a todos. Que a reza de Santo Antônio traga bênçãos e alegrias para cada um de nós, assim como trouxe para minha família por gerações. Vamos, então, nos unir em oração e manter viva essa tradição tão especial. Que Santo Antônio nos abençoe hoje e sempre”, deseja ele a todos.
Equipe Canal In
Repórter: Lucas Gomes|Editor: Ricardo Henrique
Foto: divulgação