Educação

Encontro reunirá líderes da Umbanda e do Candomblé para reflexões sobre temas contemporâneos

A segunda edição do projeto “O que pensam sobre”, da Escola de Pensar, já tem data marcada para acontecer. Ela irá reunir lideranças religiosas para falar sobre diversos temas da contemporaneidade no encontro “O que líderes de terreiro pensam sobre”, dia 21/09 (sábado), 10h, na Casa do Benin, com a presença de Mãe Tai, do  terreiro de umbanda Cumoa, Babá Geri do terreiro de candomblé do Ilê Axé Ojú Onirê (Santo Amaro), Mãe Daya do Templo Cacique Pena Branca Benedito de Angola, terreiro de umbanda em Lauro de Freitas, e Ekedy Sinha, do terreiro de candomblé Ilê Axé Ìyá Nassô Ọka (Terreiro da Casa Branca). O encontro será mediado por Januário Mourão, um dos criadores e fundadores da Escola de Pensar.
 
A proposta desse encontro é ir além do debate sobre religiosidade e ancestralidade. Ele pretende levantar questões sociais latentes que atravessam a questão religiosa, como amor, orientação sexual, vivência em comunidade, entre outros. Segundo Mãe Taiane Macedo, filha de Osmar e Hebe Macedo, nascida e criada dentro do terreiro de umbanda fundado por sua mãe em 1969, falar sobre esses temas é essencial para oferecer um sentido de esperança e significado à vida, elementos fundamentais para o desenvolvimento humano. “Será um espaço único de reflexão, promovendo o entendimento, tanto individual quanto coletivo, sobre assuntos que ajudam a desmistificar a religião”, pontua a sacerdotisa.

A proposta em reunir líderes do candomblé e da umbanda é ampliar o debate para as questões voltadas à negritude, que atingem a todos que cultuam as religiões marcadas por uma história de luta, dor e resistência. Para Babá Geri, Babá Kekerê (pai pequeno) do Ilê Axé Ojú Onirê, diretor artístico do Bembé do Mercado e diretor religioso do Afoxé Filhos de Gandhy, essa será uma oportunidade para líderes de terreiro expor seu pensamento e lutar contra a intolerância religiosa. “É de extrema importância falar dessa religião cultural e ancestral que a colonização endemonizou. Quando líderes de terreiro ocupam esses locais eles potencializam a luta antirracista”, pontua o pai pequeno.
 
A conversa será mediada por Januário Mourão, umbandista de alma e batismo. Segundo ela, será um momento de colocar os temas contemporâneos na mesa,  celebrar conquistas e pontuar a necessidade das lutas diárias. “O evento é uma oportunidade única de reunir líderes de terreiros tão diferentes, de trajetórias e experiências igualmente distintas, que irão expor suas visões de mundo de forma crítica”, comenta Januário.

As inscrições acontecem pelo site do evento e o ingresso é 1kg de alimento, que será doado para o projeto Pena Branca na Comunidade, do terreiro de umbanda Templo Cacique Pena Branca e Pai Benedito de Angola que atende a comunidade do Quingoma, em Lauro de Freitas.

SERVIÇO:
Evento: “O que líderes de terreiro pensam sobre…” – Participação de: Mãe Tai (Cumoa), Babá Geri (Ilê Axé Ojú Onirê), Mãe Daya (Templo Cacique Pena Branca Benedito de Angola), Ekedy Sinha (Ilê Axé Ìyá Nassô Ọka) e mediação de Januário Mourão.

Dia 21/09 (sábado), na Casa do Benin (Baixa dos Sapateiros, 7 – Pelourinho)
Das 10h00 às 12h30
Inscrições: https://www.escoladepensar.com.br/o-que-lideres-de-terreiro-pensam-sobre

Ingresso: 1kg de alimento não-perecível
(Todo alimento arrecadado será doado para o projeto Pena Branca na Comunidade, do terreiro de umbanda Templo Cacique Pena Branca e Pai Benedito de Angola – https://templopenabranca.com.br/)
Realização: Escola de Pensar
Info pelo Whatsapp. (71) 99172 4578

Equipe Canal In

Repórter: Lucas Gomes|Editor: Ricardo Henrique

Foto: divulgação