A Ananda Escola investe em cuidar do emocional dos estudantes e educadores. O Núcleo de Assistência Socioemocional (NAS) foi criado com a finalidade de promover um espaço dedicado à mediação de conflitos internos e sociais. A intenção é promover rodas de conversas, oficinas de esclarecimento sobre emoções e sentimentos, palestras, jogos que envolvam esta temática, escuta ativa e sem julgamentos e, sobretudo, um espaço acolhedor para a comunidade escolar.
“O NAS é um espaço para atender todos da comunidade escolar que tenham passado por algum conflito com colegas ou alguma questão que alterou sua emoção a ponto de interferir no seu desenvolvimento cognitivo, comportamental ou social. Ele atende a todas as séries, inclusive educadores, caso sintam-se confortáveis para tal”, explica a diretora da Ananda Escola, Carina Sales. A educadora demonstra preocupação com a saúde emocional de crianças e adolescentes neste período pós-pandêmico. No ranking dos sintomas, destaca-se a ansiedade, acompanhada de inabilidade emocional, ausência de empatia, dificuldade de ouvir o outro, falta de concentração, limitação motora, memória deficitária, dificuldade em compreender e adequar-se a comandos simples do dia a dia.
A educadora destaca a importância da mediação de conflitos já que não é tarefa fácil lidar com as emoções. “Quando há um mediador, e uma vez utilizando os recursos adequados para aquele momento de conflito, a criança ou o adolescente pode ter as sensações suavizadas, ir reconhecendo, identificando e acolhendo a emoção para, na sequência, ter uma melhor compreensão do ocorrido, evitando machucar o outro e a se mesmo”, pontua.
A escola utiliza alguns recursos como forma de ajudar os estudantes a lidarem melhor com suas emoções e sentimentos. Com elementos lúdicos, o Baralho da Comunicação Não Violenta (CNV), Balde do Alívio Imediato, Quadro do Desabafo, Termômetro das Emoções, Pintura de Mandalas, Monstrinhos das Emoções, Montagem de Miçangas Mágicas, Sons calmantes, dentre outros. “São mais de 30 recursos dedicados a conhecer, identificar, acolher e lidar com nossas emoções e sentimentos”, ressalta a educadora que foi pioneira em trazer para o ambiente escolar a meditação há mais de duas décadas.
O monstrinho das emoções utiliza pelúcias que trazem características das emoções básicas, onde a criança pode escolher aquela que ela está se identificando naquele momento para que se inicie uma conversa aberta sobre a emoção. “O sino pin é um marcador sonoro para aquele aluno que quer ouvir uma música relaxante e iniciar uma meditação. Com o balde do alívio imediato, o aluno é estimulado a anotar em um papel todas as emoções que está sentindo naquele momento. Ele pode também preferir pintar mandala (escolhida por ele) e logo após rasgar e jogar na lixeira”.
Com a implantação do núcleo na escola, os alunos já conseguem perceber que toda emoção tem uma função adaptativa. Portanto, nenhuma delas é colocada na caixinha como feia ou má, desconstruindo a ideia de julgamento de ação boa ou ruim. “A questão é conhecer cada emoção, saber sua função, acolher-se, aprender a lidar com a força de algumas delas, a ponto dele mesmo, o aluno, mediar a relação da sensação e da reação, sem prejuízos para ele e para o meio em que ele vive”, conclui Sales.
Equipe Canal In
Repórter | Editor: Ricardo Henrique
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