O Núcleo de Ópera da Bahia (NOP) coloca em cena nos dias 16, 17 e 18 de maio, a partir das 19h, no Teatro Salesiano, em Nazaré, “Jelin”, de Aldo Brizzi, com colaboração do baiano Bruno Masi na criação do libreto. Espetáculo para adultos e crianças, “Jelin” conta a história deste personagem cômico que vive eventos místicos, mágicos e poéticos num dos momentos mais importantes da história da humanidade, o dia do nascimento de Jesus. A ópera, toda escrita em português, tem dois atos e contará no elenco com 13 cantore(a)s solistas e mais seis vozes femininas no papel dos anjos e moças da festa. Os artistas dos elencos principal e reserva foram selecionados em audições abertas em 2023. O espetáculo tem duração de duas horas, os ingressos custam R$ 40,00 e R$ 20,00 e estão à venda no link https://www.sympla.com.br/evento/jelin-opera-em-dois-atos-de-aldo-brizzi/2435644?share_id=copiarlink.
A história de “Jelin“ – Ambientada no ano Zero, do nascimento de Jesus, em um lugar próximo a Bélem, “Jelin“ é uma mistura de comédia e espetáculo popular, com pitadas de magia teatral e transcendência. Jelin é um pastor rude, inteligente e irônico, que juntamente com Nomine, seu filho pré-adolescente, Mané, um funcionário idoso e irascível, e Maicon, jovem funcionário desrespeitoso e desenfreado, luta, sempre de uma forma cômica e muito humana, contra os abusos dos governantes.
São esses personagens, pessoas comuns, que têm suas histórias conectadas aos famosos acontecimentos do ano Zero, e que acabam por auxiliar José e Maria na travessia do deserto e na proteção do menino Jesus que sofre a ameaça de ser assassinado pelos soldados de Herodes. E há outros personagens que atravessam a história, como Sara, os Reis Magos, os Anjos e os Centuriões Romanos. “Jelin é um personagem que poderia ter saído de um conto sertanejo, que atravessa o deserto e encontra os personagens do Ano Zero, transpostos para a realidade de um Brasil atual“, conta Aldo Brizzi. Um espetáculo para adultos e crianças, que pode, ao mesmo tempo, realçar o aspecto lúdico e bem-humorado, sem renunciar à magia dos momentos místicos.
Audições revelam talentos baianos – Emyle França é do bairro da Capelinha de São Caetano, Dandê Azevedo do Engenho Velho da Federação. Emily vai interpretar o anjo solista e Dandê um dos reis magos. Estudante de Licenciatura em Música na Universidade Federal da Bahia, Emily diz que tem mergulhado no universo da educação musical e do canto lírico, e que busca aprimorar minhas habilidades como educadora e intérprete. Ela já interpretou diversos papéis em óperas, como “Second Woman,” em “Dido and Aeneas” e “Compadecida” em “Dulcineia e Trancoso”. “Destaco também minha participação em trabalhos solos, como a obra “Cântico Naturale”, de Édipo Krieger, apresentada em prestigiados teatros pelo Brasil, incluindo o renomado Teatro Amazonas“, conta a cantora que vinda de origens humildes, sonha em prosseguir com o canto lírico profissional, levando a importante mensagem de representatividade social aos palcos.
“Tivemos muitas candidaturas para o Anjo Solista, algumas muito boas. Quando já tínhamos decidido por uma candidata, faltava a audição de Emyle que, com a sua voz ainda bem jovem mas con um timbre “angelico” fez imediatamente decidir que o papel parecia escrito para ela“, revela o maestro Aldo Brizzi.
Dandê Azevedo é outra dessas novas vozes que querem crescer e se afirmar. Cantor lírico, educador musical e estudante de piano ele ressalta a importância de se ter uma cena de ópera na Bahia, a partir do trabalho do NOP – Núcleo de Ópera da Bahia. “E uma honra muito grande fazer ópera e fazer ópera na minha cidade. Que a gente consiga sobreviver de arte e expor nossa arte, viver de arte, alcançar novos palcos e e viajar pelo mundo representando nossa Bahia“ declara ele.
O local dispõe de estacionamento e é possível adquirir o ingresso mais o valor referente a uma vaga no estacionamento do teatro durante o espetáculo por mais R$ 10,00 (dez reais). Essa ação faz parte do projeto Temporada 2024 do Núcleo de Ópera da Bahia / NOP e foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.
Equipe Canal In
Repórter: Lucas Gomes|Editor: Ricardo Henrique
Foto: ascom